Você já se pegou ouvindo algum comentário sobre a reconstrução do Terceiro Templo em Jerusalém e pensando: “Isso é bíblico? É o que a Palavra de Deus realmente ensina?” Resolvi escrever sobre isso após assistir um podcast do Inteligência Ltda com a Aline do canal Israel com Aline porque ela estava explicando que o projeto de um terceiro templo para Israel já está em estágio avançado e que deve ser edificado no Monte Moriá, que é o único local permitido para estabelecer o Templo do Antigo Testamento. Mas como este local é controlado pelos islâmicos e também é um local sagrado para eles, os muçulmanos não permitem nenhuma alteração e o acesso ao local é totalmente restrito.

É natural que a nação de Israel, sem o conhecimento pleno de Jesus como Messias, anseie por essa restauração. O que nos causa estranheza é ver cristãos, com acesso à totalidade das Escrituras, defendendo essa causa como se fosse a vontade de Deus.
O cerne da questão não é a geopolítica, mas a teologia. Precisamos entender a diferença entre a Jerusalém terrena e a Jerusalém celestial. A Bíblia nos dá a resposta, e ela é mais profunda do que a construção de um novo templo de pedras.
Jerusalém no Antigo Testamento: O Coração da Adoração
No Antigo Testamento, Jerusalém emerge não apenas como uma cidade, mas como o epicentro da fé e da história de Israel. Sua importância é sublinhada desde os primeiros relatos bíblicos. Acredita-se que a área onde Jerusalém seria construída é a mesma de Salém, governada por Melquisedeque, o sacerdote-rei que abençoou Abraão. Este encontro, descrito em Gênesis 14, estabelece uma conexão sagrada e antiga com o patriarca.
Mais tarde, o rei Davi a conquistou, tornando-a a capital política e, mais crucialmente, a capital espiritual de Israel. Foi para Jerusalém que ele trouxe a Arca da Aliança, e seu filho Salomão construiu ali o Templo, o centro de adoração a Yahweh. Embora Deus tenha afirmado, em passagens como Atos 7:48 (citando as profecias de Isaías), que “o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens”, o Templo de Jerusalém era o local designado para os sacrifícios e rituais da nação, representando a presença de Deus entre seu povo.
Os Salmos celebram Jerusalém de forma vibrante e poética, retratando-a como um lugar de beleza, segurança e bênção divina. Eles a descrevem como uma cidade de muros fortes e unidade:
“Jerusalém, que está edificada como uma cidade compacta. Para lá sobem as tribos, as tribos do Senhor, para louvar o nome do Senhor, segundo a lei de Israel.” Salmo 122:3-4
O amor e a lealdade a Jerusalém eram vistos como um caminho para a prosperidade e a paz espiritual.
“Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam. Haja paz dentro de teus muros e prosperidade em teus palácios.” Salmo 122:6-7:
Essas passagens mostram que Jerusalém era vista como o coração da nação, um lugar onde a presença de Deus era palpável e a esperança de Israel residia. Ela era a cidade da promessa, o lar da Arca, o local do Templo — a centralidade da fé e do culto.
No entanto, o Novo Testamento nos revela e aprofunda essa visão, revelando que a verdadeira adoração e a habitação de Deus não estão em uma cidade terrena, mas em uma realidade espiritual e celestial.
O Novo Testamento apresenta um contraste profundo entre a Jerusalém terrena e a Jerusalém celestial. Essa dicotomia não é apenas geográfica, mas teológica, representando a diferença entre a velha aliança baseada na lei e a nova aliança baseada na graça, em Cristo.
Antigo Testamento – Referências do Futuro Revelados na Nova Aliança
A ideia de que a Lei, o Templo e até figuras do Antigo Testamento eram sombra das coisas que haviam de vir é um tema central na teologia cristã, especialmente no livro de Hebreus. Essa perspectiva mostra que o Antigo Testamento preparou o caminho para a realidade plena encontrada em Jesus Cristo.
A Lei como Sombra
O livro de Colossenses 2:16-17 afirma claramente:
“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas vindouras, mas o corpo é de Cristo.”
O autor de Hebreus também reforça essa ideia em Hebreus 10:1:
“Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.”
Esses versículos estabelecem a base de que a Lei Mosaica, com todos os seus rituais e festas, não era o objetivo final, mas sim uma representação imperfeita, uma sombra, que apontava para a realidade que seria revelada em Cristo.
A Forma Correta de Interpretar o Antigo Testamento
O Novo Testamento revela como os religiosos tinham dificuldade de interpretar a lei e criaram até mesmo um certo tipo de superstição em cima de profecias como por exemplo, a de que Elias deveria vir literalmente, ou seja, o mesmo Elias do Antigo Testamento deveria voltar para cumprir profecias.
Essa forma de ver as profecias acabou moldando o pensamento da época, e Jesus, que veio falando por meio de parábolas, não foi compreendido, no capítulo 2 de João Jesus disse: “destruam este templo e em três dias o reedificarei”, onde eles entenderam isso literalmente “mas o templo foi construído em 46 anos e você o reconstruirá em três dias?” (João 2.19-20 )
João Batista e Elias: A crença popular entre os judeus da época era que o profeta Elias retornaria literalmente antes da vinda do Messias (Malaquias 4:5). Quando perguntaram a João Batista se ele era Elias, ele negou (João 1:21). No entanto, Jesus esclareceu a situação em Mateus 11:14:
“E, se quereis dar crédito, ele é o Elias que havia de vir.”
E em Mateus 17:10-13, após a transfiguração, os discípulos perguntaram a Jesus sobre Elias, e ele respondeu:
“Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas; mas eu vos digo que Elias já veio, e não o conheceram… Então entenderam os discípulos que lhes falava de João Batista.”
Jesus ensinou que o espírito e o poder de Elias estavam em João, que cumpriu a profecia de forma simbólica, não literal. Essa expectativa de um retorno literal de profetas do passado mostra a mentalidade supersticiosa e literalista que existia na época.
Nicodemos e o Novo Nascimento: A dificuldade de Nicodemos em entender Jesus é outro exemplo de como o raciocínio literal podia ofuscar o significado espiritual. Em João 3:3-4, Jesus diz a Nicodemos:
“Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”
Nicodemos, raciocinando de forma puramente física, pergunta:
“Como pode um homem nascer de novo, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?”
Sua pergunta revela uma incapacidade de compreender a metáfora espiritual do novo nascimento.
O Cordeiro Pascoal: A Páscoa judaica exigia o sacrifício de um cordeiro para salvar o povo de Israel do anjo da morte (Êxodo 12). Este ritual era uma sombra do sacrifício de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. (João 1:29) O sangue do cordeiro na Páscoa literal era um símbolo do sangue de Cristo que garante a salvação eterna.
O Maná no Deserto: Durante a jornada de Israel no deserto, Deus providenciou o maná do céu para sustentar o povo (Êxodo 16). Jesus se apresentou como a realidade dessa provisão, dizendo:
“Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu hei de dar pela vida do mundo é a minha carne” (João 6:51).
A Serpente de Bronze: Quando os israelitas foram mordidos por serpentes no deserto, a cura veio ao olharem para uma serpente de bronze levantada por Moisés (Números 21:8-9). Jesus usou essa história para ilustrar sua própria missão:
“E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:14-15).
A serpente de bronze era uma sombra da salvação oferecida pela crucificação.
O Sumo Sacerdote e os Sacrifícios: No Antigo Testamento, o sumo sacerdote entrava anualmente no Santo dos Santos para fazer expiação pelos pecados do povo, usando o sangue de animais (Levítico 16). Jesus, conforme explicado em Hebreus, tornou-se o perfeito Sumo Sacerdote, que ofereceu a si mesmo como sacrifício uma vez por todas, garantindo a remissão eterna dos pecados (Hebreus 9:11-12).
O Tabernáculo/Templo: O Templo de Jerusalém, com seu Santo dos Santos, era o lugar onde a presença de Deus habitava. A estrutura física e os rituais do Templo eram uma sombra da realidade de que a presença de Deus não estaria mais confinada a um edifício, mas habitaria no meio do seu povo.
O Templo e o Novo e Vivo Caminho
O livro de Hebreus detalha como as coisas do Templo eram sombras de Cristo. O véu que separava o Santo dos Santos do restante do templo é um exemplo poderoso. Em Hebreus 9:3, é descrito como a “segunda cortina”. O autor de Hebreus 10:19-20 nos diz:
“Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne.”
Quando Jesus morreu na cruz, Mateus 27:51 registra que “o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo.”
Teólogos interpretam esse rasgo como um símbolo de que a barreira entre Deus e a humanidade foi removida pelo sacrifício de Cristo. O caminho para a presença de Deus, antes restrito ao sumo sacerdote e aos rituais do Templo, agora está livremente acessível a todos os crentes. Aquele que era o acesso exclusivo ao Santo dos Santos (a presença de Deus), foi transformado em um acesso livre, não por rituais, mas pelo sangue de Cristo, permitindo aos cristãos
“aproximar-nos do trono da graça” Hebreus 4:16
A Nova Jerusalém: Da Sombra à Realidade
Essa mesma lógica se aplica à ideia de Jerusalém. A Jerusalém terrena, com seu Templo físico, era uma sombra da Jerusalém celestial que viria. A Jerusalém terrena representava o centro da adoração e da presença de Deus para o povo de Israel, mas era apenas um símbolo da morada final e perfeita de Deus com seu povo.
A realidade dessa profecia se cumpre na Igreja, o novo “Templo” onde Deus habita. Jesus disse aos judeus:
“Destruí este templo, e em três dias o levantarei” João 2:19
O evangelista explica em João 2:21 que“ele falava do templo do seu corpo.”
Isso significa que o verdadeiro Templo não é um edifício de pedra, mas o próprio Cristo.
A partir de Cristo, a presença de Deus se manifesta em seu povo, a Igreja. O apóstolo Paulo reforça essa ideia em 1 Coríntios 6:19:
“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?”
O santuário de Deus não está mais em Jerusalém, mas nos corações dos crentes, individualmente e coletivamente, como a Igreja.
Em última análise, toda a história da salvação, da Lei Mosaica à morte de Cristo, é um desdobramento da sombra para a realidade. Tudo que era físico e ritualístico no Antigo Testamento apontava para a realidade espiritual e completa encontrada na pessoa e obra de Jesus Cristo.
Os símbolos da ceia: vinho o sangue de Cristo e o pão como corpo de Cristo não devem ser interpretados literalmente, realisticamente, como se eles se convertessem de maneira milagrosa dentro do nosso corpo o real Corpo de Cristo dentro do nosso estômago, como o Catolicismo ensina, mas que eles são símbolos de algo que acontece espiritualmente quando praticamos essa ordenança de Cristo.
O que a Nova Jerusalém representa para nós hoje?
A epístola de Gálatas é crucial para entender a distinção entre a Jerusalém terrena e a celestial. O apóstolo Paulo usa a história de Agar e Sara para ilustrar a diferença entre a escravidão da lei e a liberdade da graça.
“Porque Agar é o monte Sinai, na Arábia, e corresponde à Jerusalém atual, que está em escravidão com seus filhos. Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é a mãe de todos nós.” Gálatas 4:25-26
Aqui, a Jerusalém terrena é associada à servidão da lei, enquanto a Jerusalém celestial é a verdadeira mãe dos cristãos, simbolizando a liberdade que temos em Cristo.
O Verdadeiro Israel e o Remanescente Eleito
A verdadeira identidade do povo de Deus não é definida pela descendência física, mas pela fé. Paulo, em sua epístola aos Romanos, argumenta que ser “judeu” não é uma questão de circuncisão física, mas de um coração transformado.
“Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não é dos homens, mas de Deus.” Romanos 2:28-29:
Os verdadeiros descendentes de Abraão são aqueles que têm a mesma fé que ele, tanto judeus quanto gentios.
“Sabei, pois, que os que são da fé, esses são filhos de Abraão.” Gálatas 3:7
“Porque nem todos os que são de Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Romanos 9:6-8
Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência.”
Deus escolheu um remanescente para si, um povo fiel que se apegou à sua promessa. Isso é abordado em Romanos 11, onde Paulo mostra que, mesmo em meio à incredulidade de Israel, Deus preservou um remanescente por sua graça.
A Nova Jerusalém e o Foco na Realidade Celestial
A visão final da Nova Jerusalém em Apocalipse é o ápice desse tema. A cidade desce do céu, simbolizando que Deus habitará para sempre com seu povo.
“E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.” Apocalipse 21:2-3
Esse é o destino final e a verdadeira pátria do cristão. É por isso que somos exortados a focar nas coisas celestiais e não nas terrenas.
“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está, assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra.” Colossenses 3:1-2
Em suma, a Jerusalém terrena representou uma promessa temporária, um símbolo do que estava por vir. O verdadeiro povo de Deus não é definido pela geografia ou pela linhagem física, mas pela fé em Cristo. Nossa cidadania e nossa herança estão na Jerusalém celestial, a verdadeira pátria onde Deus habitará com seu povo remanescente, os verdadeiros filhos de Abraão pela fé.
A Jerusalém física é a Nova Serpente de Bronze adorada pelos cristãos?
O Rei Ezequias teve que destruir a serpente de bronze, porque aquilo que foi usado um dia por Deus acabou sendo mais tarde usado como objeto de idolatria:
“quebrou a serpente de bronze que Moisés fizera, porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso.” 2 Reis 18:4
A serpente de bronze é um excelente exemplo do perigo de transformar um símbolo em um ídolo.
Originalmente, a serpente de bronze foi um instrumento de salvação (Números 21:8-9), um símbolo da cura divina. No entanto, com o tempo, ela se tornou um objeto de adoração.
Isso serve como um alerta para nós: o que uma vez foi um símbolo útil para nos conectar com Deus pode se tornar um obstáculo e objeto de idolatria se não mantivermos o foco na realidade espiritual que ela representa. O nosso padrão deve ser a Bíblia, que nos ensina a adorar a Deus “em espírito e em verdade” (João 4:24).
Portanto, não repitamos o mesmo erro dos religiosos do passado do tempo de Cristo atribuindo a Jerusalém terrena uma importância que já não é mais adequada tendo em vista que sabemos hoje o que ela representou no passado em vista do que temos hoje no presente, a Nova Jerusalém, a Jerusalém Celestial, isto é, a Igreja de Cristo.
“E disse-lhes também uma parábola: Ninguém deita um pedaço de uma roupa nova para a coser em roupa velha; pois se assim faz, a nova, com efeito, se rasga, e o remendo não convém à velha. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho novo romperá os odres, e entornar-se-á, e os odres se estragarão. Mas o vinho novo deve deitar-se em odres novos, e ambos se conservam.” Lucas 5:36-38
Aplicação do Princípio à Jerusalém Física e a Jerusalém Celestial
O contraste entre as duas Jerusalém, a física e a celestial, se encaixa perfeitamente nesta analogia. A Jerusalém terrena, com seu templo e suas tradições judaicas, representa o “odre velho” e a “veste velha”. Ela estava ligada a um sistema de sacrifícios, festas e leis que eram sombra das realidades espirituais que estavam por vir (Hebreus 10:1). O sacrifício de Jesus na cruz, a salvação pela fé e a manifestação do Espírito Santo são o “vinho novo” e o “pano novo”. Tentar encaixar a plenitude da graça de Cristo na estrutura religiosa e legalista de Jerusalém daquela época era impossível; isso causaria um conflito irreconciliável.
Por outro lado, a Jerusalém celestial, descrita em Hebreus 12:22 e em Apocalipse 21, é a “veste nova” e o “odre novo”. Ela não se baseia em ritos ou edifícios, mas na presença de Deus e do Cordeiro. É o novo e eterno lar para aqueles que têm um coração novo e um espírito renovado por Cristo. Assim como o vinho novo precisa de odres novos para não se perder, a nova aliança da graça e a vida em Cristo exigem uma total renovação do nosso ser, um “novo odre” para conter a glória de Deus que não poderia ser suportada pela “velha” natureza. O fim da Jerusalém terrena (a destruição do templo em 70 d.C.) e o surgimento da comunidade cristã com seus ensinamentos da graça e do Espírito demonstram a transição de um sistema antigo e deficiente para algo completamente novo e perfeito.
Conclusão
Entendendo hoje o que significa Jerusalém com a lentes da Nova Aliança e compreendendo o erro de fazer aplicações literais para coisas simbólicas, como nos dias de Jesus, hoje podemos nos precaver evitando erros e excessos ao falarmos de Jerusalém. Muitos hoje em dia acreditam que serão prósperos se orarem pela paz de Jerusalém no sentido físico, e isso é um exemplo de um erro, de uma superstição. Como diz a Palavra do Senhor: “O meu povo está sendo destruído porque lhe falta o conhecimento”. (Oséias 4.6)
Não façamos como o povo que adorou a serpente de bronze, mesmo que por algum tempo ela foi útil e tinha um bom propósito fazendo o mesmo com a Jerusalém terrena.
Jerusalém é muito importante e tem grande relevância histórica, não desprezamos isso. E ela nos ajuda a embasar e credibilizar as Escrituras, pois é o local que foi palco dos acontecimentos mais importantes do Antigo e Novo Testamento, mas ela está muito longe do que foi no passado e hoje temos algo muito maior e mais importante, glorioso do que a Jerusalém do passado jamais foi:
“que é Cristo em vós, esperança da glória” Colossenses 1:27
Deus abençoe.